terça-feira, novembro 23

De médico e louco todo mundo tem um pouco

Eu com os ouvidos atentos como sempre, tenho a sorte  de capitar conversas do cotidiano, que parecem normais mais que se for feita uma análise profunda podem parecer complexa.
Que fique claro que eu não escuto a conversa alheia, pra depois postar aqui, mas sim que escuto e filtro aquilo que acho curioso, inusitado e interessante para compartilhar com meus queridos leitores.
Hoje pela manhã fui pegar o onibus da Vila Maria, ele atrasou e  fiquei cerca de uma hora esperando o próximo.
Ao meu lado uma senhora simpática, cheia de sacolas na mão puxou papo comigo, falou  sorrindo que pediu para o moço do mercado caprichar nas sacolas por que ela estava sem sacola pra colocar lixo.
Esse foi o gatilho que fez meu pensamento voar livre pelo céu nublado de Barra do Garças. Será mesmo possivel que as propagandas e reportagens que dão ênfase na importância da ultilização de sacolas de pano ou caixas para empacotar  no mercado não fazem efeito algum para essas pessoas? A culpa não é dela, a culpa é dessa sociedade que se acostumou a pegar a s sacolas de mercado para colocar o lixo na porta. E esse ciclo, que se torna vício é [quase] impossível de ser revertido.
Aí o rapaz que varre o terminal começou o seu trabalho matinal, e tinha uns papeis jogados perto de onde um grupo de pessoas estavam, ai um senhor falou "moço aqui ô" mostrando o lixo perto deles, e ele retrucou " vocês jogam isso no chão sendo que tem um lixo bem aqui?, vocês não veêm na televisão que não pode jogar lixo no chão? ou é surdo ou cego, por isso  que passa todo dia".
Eu achei interessante por que, segundo ele  a mídia é  como um patrão que manda, ou seja, se a televisão ensina que não pode jogar lixo na rua, quem não obedece é por que é cego ou surdo.
Depois chegou uma senhora do lado dela com o bisneto no colo e elas começaram a conversar, sobre os netos e papo vai papo vem, uma falou para a outra que o netinho estava com desinteria há algum tempo, a outra prontamente, ensinou uma receita caseira para curar a criança. Até ai tudo bem, é normal isso. eu inclusive ja tomei muitas receitas caseiras, mas logo depois a senhora das sacolas disse que o netinho ainda não tem dente, que está demorando de mais pra nascer,  e a outra disse:
"ah  sabe o que voce faz? coloca leite de cadela na boca dele que nasce rapidinho, meus filhos todos eu fiz isso"
eu olhei pro lado com aquela cara de OMG, como assim leite de cadela?
Ela dá o ensinamento e logo em seguida, afirma que fez isso nos filhos, pra dar a garantia do próprio testemunho de que funcionou.
Eu acho isso engraçado, por que de onde vem esses conhecimentos? como eles aparecem?
e por que, por mais que sejam inusitados, estranhos, eles sempre são feitos?
É como diz um ditado  "De médico e louco todo mundo tem um pouco".

Um comentário:

  1. Bom ditado.
    Penso que essa sabedoria popular é boa, mas devemos tomar muito cuidado com o que indicamos aos outros mesmo que tenha "funcionado" conosco

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