quarta-feira, junho 16

HOje, dia da juventude na Africa do SUL

6 de junho. Um dia que entrou para a história sul-africana há 34 anos por causa de uma tragédia
A tragédia ficou eternizada com a imagem de um estudante carregando o corpo do colega Hector Pieterson, de 13 anos, que morreu no massacre. A foto tirada pelo fotógrafo sul-africano Sam Nzima chocou o mundo.
Pieterson, contudo, é apenas o símbolo iconográfico de um massacre com proporções até hoje não totalmente esclarecidas. À época do episódio, o número de mortos registrado pela imprensa variou entre 200 e 600 pessoas, a maioria estudantes. A agência Reuters divulgou que mais de 500 pessoas perderam suas vidas durante as manifestações.
A administração do governo racista desmentiu os números, afirmando que 23 estudantes haviam sido mortos. O número de homens, mulheres e crianças feridas passou de mil. Anos depois, desde o fim do regime de segregação racial, a data passou a ser um feriado nacional, para celebrar o Dia da Juventude na África do Sul, em homenagem a todas as vítimas do massacre.
Atualmente, o Museu e Memorial Hector Pieterson, localizado em Soweto, é um dos pontos turísticos considerados “obrigatórios” para quem visita Joanesburgo. E todos os anos uma série de eventos são organizados para celebrar a data, que já tem outra ligação com a primeira Copa do Mundo realizada no continente africano.
A personagem Zakumi, mascote da competição, tem como data de nascimento fictícia o 16 de junho de 1994. Ou seja, o dia do massacre de Soweto e o ano em que a nação finalmente conquistou sua democracia, com a eleição de Nelson Mandela, primeiro presidente negro do país.
Em seu tradicional discurso do Dia da Juventude, o atual presidente Jacob Zuma uniu o tema original do feriado à atual festa do futebol. Ele citou as mudanças pelas quais o país passou desde 1976, agradeceu ao apoio que os sul-africanos tem dado à seleção nacional na Copa.

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